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E se existisse um modo mais simples de organizar a atividade humana, o que mudaria no jeito de estar no mundo? Muito provavelmente, estaríamos no mundo mais dispostos a aprender e a se surpreender.
Esse modo simples faz brotar em nós aquilo que temos de melhor. Ele nos desafia a compreender a natureza humana de maneira diferente, mais otimista. Ele é um mundo amistoso, mais disposto a receber em si a nossa humanidade. Ele nos considera seres criativos e reconhece que buscamos um sentindo para a vida.
O mundo desse modo mais simples é um mundo que já conhecemos. Talvez não o tenhamos visto com clareza, mas vivemos nele desde que nascemos.
Contudo, o mundo que nos ensinaram a ver era um mundo inóspito para a nossa humanidade. Aprendemos a ver o mundo como uma grande máquina; depois, não conseguimos encontrar nele nada de humano. Nosso pensamento assumiu contornos ainda mais estranho – nós aplicamos essa imagem do mundo a nós mesmos e passamos a pensar que também éramos máquinas!! Queríamos controlar e ter domínio sobre tudo, e tentamos fazê-lo, mas nem por isso o medo se foi. Sobrava pouco espaço para os interesses humanos.
Mas o mundo não é uma máquina. Ele é vivo e está repleto de vida e de vestígios da vida. Em todas as rochas antigas que encontramos está preservada a vida das eras passadas, pois a vida não pode ser erradicada do mundo. À medida que mudamos nossas imagens do mundo, nós nos reencontramos. Nós recuperamos um mundo que favorece a atividade humana.
Neste mundo, nós nos movemos com mais segurança. O mundo apoia nossos esforços de maneira nunca imaginada. Temos liberdade para criar, experimentar, organizar, fracassar, realizar, brincar, aprender, criar de novo. O que reencontramos é um convite da vida à liberdade, à criatividade, à busca de significado.
Livres para estar no mundo na plenitude da nossa humanidade, quem poderíamos ser se encontrássemos um caminho mais simples?